tag:blogger.com,1999:blog-40121703972858976872024-03-14T09:22:54.077+00:00Caminho de papelChuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.comBlogger50125tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-31827720589793266892011-02-18T11:16:00.001+00:002011-02-18T11:17:37.533+00:00Björk - Hyperballad (Live)I go through all this<br />before you wake up<br />so i can feel happier<br />to be safe up here with you<br />:)<br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/Beu3ZLr-UEA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-65430709435614893352011-02-17T15:01:00.003+00:002011-02-17T15:11:20.298+00:00Grand corps malade - J'ai pas les motsNo outro dia ouvi pela primeira vez uma música de um artista que não conhecia.<br /><br />O mais fantástico da música é a sua letra. Trouxe-me lágrimas aos olhos.<br />Nela, revi-me durante grande parte da minha vida. Revi algumas pessoas muito importantes para mim. Revi grande parte da história da minha família.<br />Chorei por quem me está próximo, por quem não consigo alcançar por mais que tente. Por quem não consegui alcançar durante o tempo que esteve cá. Por quem ainda está presente, mas na sua essência ausente. Por quem sofreu o inimaginável, e ainda sofre, e possivelmente sofrerá até ao fim da vida.<br />Chorei por mim também, pelo que passei na pele, e pelo que passo também na pele de outros...<br />Chorei por almas desfeitas, rasgadas, angustiadas...<br /><br />Aqui está a música e a letra:<br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/QdOJS_sT09Y" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />Lyrics to J'ai Pas Les Mots :<br /><br />Il est de ces événements qui sortent tout le reste de nos pensées,<br />Certaines circonstances qui nous stoppent nette dans notre lancé,<br />Il est de ces réalités qu'on n'était pas près à recevoir,<br />...Et qui rendent toute tentative de bien-être illusoire.<br /><br />J'ai pas les mots pour exprimer la puissance de la douleur,<br />J'ai lu au fond de tes yeux ce que signifiait le mot malheur,<br />C'est un souvenir glacial, comme ce soir de décembre,<br />Où tes espoirs brulant ont laissé place à des cendres.<br /><br />J'ai pas trouvé les mots pour expliquer l'inexplicable,<br />J'ai pas trouvé les mots pour consoler l'inconsolable,<br />Je n'ai trouvé que ma main pour poser sur ton épaule,<br />Attendant que les lendemains se dépêchent de jouer leur rôle.<br /><br />J'ai pas les phrases miracles qui pourraient soulager ta peine,<br />Aucune formule magique parmi ces mots qui saignent,<br />Je n'ai trouvé que ma présence pour t'aider à souffrir,<br />Et constater dans ce silence que ta tristesse m'a fait grandir.<br /><br />J'ai pas trouvé le remède pour réparer un cœur brisé,<br />Il faudra tellement de temps avant qu'il puisse cicatriser,<br />Avoir vécu avec elle et apprendre à survivre sans,<br />Elle avait écrit quelque part que tu verserais des larmes de sang.<br /><br />Tu as su rester debout et je t'admire de ton courage,<br />Tu avances la tête haute et tu traverses cet orage,<br />A coté de ton épreuve, tout me semble dérisoire,<br />Tous comme ces mots qui pleuvent que j'écris sans espoir.<br /><br />Pourtant les saisons s'enchaineront saluant ta patience,<br />En ta force et ton envie, j'ai une totale confiance,<br />Tu ne seras plus jamais le même mais dans le ciel dès demain,<br />Son étoile t'éclairera pour te montrer le chemin<br />Il est de ces événements qui sortent tout le reste de nos pensées,<br />Certaines circonstances qui nous stoppent nette dans notre lancé,<br />Il est de ces réalités qu'on n'était pas près à recevoir,<br />Et qui rendent toute tentative de bien-être illusoire.<br /><br />J'ai pas les mots pour exprimer la puissance de la douleur,<br />J'ai lu au fond de tes yeux ce que signifiait le mot malheur,<br />C'est un souvenir glacial, comme ce soir de décembre,<br />Où tes espoirs brulant ont laissé place à des cendres.<br /><br />J'ai pas trouvé les mots pour expliquer l'inexplicable,<br />J'ai pas trouvé les mots pour consoler l'inconsolable,<br />Je n'ai trouvé que ma main pour poser sur ton épaule,<br />Attendant que les lendemains se dépêchent de jouer leur rôle.<br /><br />J'ai pas les phrases miracles qui pourraient soulager ta peine,<br />Aucune formule magique parmi ces mots qui saignent,<br />Je n'ai trouvé que ma présence pour t'aider à souffrir,<br />Et constater dans ce silence que ta tristesse m'a fait grandir.<br /><br />J'ai pas trouvé le remède pour réparer un cœur brisé,<br />Il faudra tellement de temps avant qu'il puisse cicatriser,<br />Avoir vécu avec elle et apprendre à survivre sans,<br />Elle avait écrit quelque part que tu verserais des larmes de sang.<br /><br />Tu as su rester debout et je t'admire de ton courage,<br />Tu avances la tête haute et tu traverses cet orage,<br />A coté de ton épreuve, tout me semble dérisoire,<br />Tous comme ces mots qui pleuvent que j'écris sans espoir.<br /><br />Pourtant les saisons s'enchaineront saluant ta patience,<br />En ta force et ton envie, j'ai une totale confiance,<br />Tu ne seras plus jamais le même mais dans le ciel dès demain,<br />Son étoile t'éclairera pour te montrer le cheminVer maisChuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-78549765553070681562011-02-17T14:57:00.001+00:002011-02-17T14:58:34.183+00:00Björk - Bachelorette (Live)Esta música...<br /><br /><iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/Z64Ux1a7H0c" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-48191085367844160652010-12-07T17:08:00.001+00:002010-12-07T17:08:40.907+00:00Violin<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/-EQ6eHeBrhM?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/-EQ6eHeBrhM?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-31683744436579713552010-12-07T16:36:00.002+00:002010-12-07T16:45:07.740+00:00Todos tristesTodos tristes...<br /><br />Caras geladas e cansadas. Luzes de Natal que não se reflectem no olhar...<br />Que época mais própria para a tristeza se embrenhar no meio da alegria fingida, da alegria do Natal, das prendas, da família, dos amigos, das ceias e reencontros...<br /><br />Caras que se iluminam ao entrar num café, na casa de alguém. Caras que se alegram ao falar com amigos, com irmãos, com conhecidos. <br />Caras que se apagam quando saem para a rua, quando chegam a casa, vazia de sentimento, escura, dura... Caras que choram sem lágrimas, que não se atrevem a chorar, não nesta época, não no Natal, tempo de alegria, de partilha, de amor...<br /><br />Tempo de alegria, de partilha, de amor... repetem sempre, repetem sempre, repetem sempre... com receio de se esquecerem daquilo que devem sentir...Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-84983225978094406342010-10-11T13:35:00.001+01:002010-10-11T13:37:02.162+01:00No homo!Vejam lá isto! É de morrer a rir! Parece que esta cena pegou mesmo! Que coisa mais estúpida...<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TBkYdUgl3-M?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/TBkYdUgl3-M?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-75667624328429612222010-09-23T22:28:00.002+01:002010-09-23T22:40:56.414+01:00Texto antigoHoje encontrei um antigo texto que escrevi, que bem podia ter sido escrito ontem, pois é recorrente...<br /><br />"Com um último impulso, toco com a mão no fundo subaquático. Enquanto sinto o ar fugir, penso se será sempre necessário irmos ao fundo, mesmo ao fundo dos nossos terrores para conseguirmos emergir mais limpos, sãos. Naquele instante que separa a Vida da Morte, o instante que muda tudo, a bifurcação nos nossos sonhos, será aí que reside a solução? Teremos de estar próximos da sufocação para conseguirmos ver? Estaremos mais lúcidos nessa altura? Ou esse instante, em que quase vemos, quase sentimos o outro caminho, serve para despoletar os nossos sentidos mais profundos, o instinto implacável que nos grita aos ouvidos: Sobe! Sobe! SOBE!<br /><br />Quem nunca sentiu esse pânico, não sabe que intensidade pode atingir o medo de tomarmos as decisões erradas, que nos levam para o fundo do poço. O medo incrível que surge quando percebemos que muitas (todas?) vezes estas decisões são instantâneas e irreversíveis.<br /><br />Estranhamente, pelo menos para mim, parece que não há meio caminho. Este processo de limpeza, de "emergência", tem de ser feito a partir do fundo senão não resulta, fica incompleto, como se nos tivessemos esquecido de varrer um canto escuro de uma casa impecavelmente limpa."Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-84832600082189365872010-07-31T11:21:00.001+01:002010-07-31T18:08:53.148+01:00Uh Huh Her - Common ReactionQuem conhece? ;)<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/3gz7H_GsEvY&hl=pt_BR&fs=1?rel=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/3gz7H_GsEvY&hl=pt_BR&fs=1?rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-51101488931290402792010-07-03T16:42:00.000+01:002010-07-03T16:42:13.873+01:00Daniel - Bat For LashesUau! Ouvi agora esta música e gostei imenso! Muito fixe! E o clip também está muito giro ;)<br /><br /><object style="background-image:url(http://i4.ytimg.com/vi/w0U_H6wLsWM/hqdefault.jpg)" width="480" height="295"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/w0U_H6wLsWM&hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/w0U_H6wLsWM&hl=pt_BR&fs=1" width="480" height="295" allowScriptAccess="never" allowFullScreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-44235577160384210652010-04-03T21:48:00.002+01:002010-04-03T21:57:45.757+01:00SheShe dwelled in her pain, time and again. Sometimes she felt that was the only real thing in her life. The pain endures, said one of the voices in her mind. Had she the will to see it any other way? Sometimes she did.<br /><br />She looks at the outside world like someone who sees a diferent reality. With a mist of curiosity and a somewhat disbelief...<br />Others perceive her as an odd person, a little bit distant in her approach to everybody else. Not quite as a rude or sad person, just ... a little distant.<br />That's because she's very good at keeping her to herself.Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-52794266636638349882010-02-02T10:58:00.002+00:002010-02-02T11:10:02.429+00:00Há qualquer coisa de erradoDevo acreditar sempre que todos temos o Bom e o Mau?<br />Porque é que só vejo o Mau em ti? O teu Mau é tanto, tanto que parece que todo o Bom que pudesses ter (e que não vejo mais) se torna tão fino e transparente, não existe de todo.<br />Quando te aproximas, tudo se torna pior. Aquilo em que tocas estraga-se. Consumido pela podridão. Tens o dom de trazer a podridão àquilo em que tocas, como Midas tinha o condão de tornar em Ouro aquilo em que tocava. A maldição dele era mais escondida que a tua. A tua é-me tão visível, tão saliente agora, mas ainda assim tão invisível para alguns...<br />É tão injusto! És tão injusto! Com as tuas palavras de falso arrependimento, as tuas mentiras, mais agradáveis de ouvir para alguns do que as verdades, a tua dor imaginada, criada, desonesta...<br />Matas o que tocas.Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-64174445769254849722009-10-18T20:41:00.001+01:002009-10-18T20:43:14.974+01:00Pensamento soltoTodas as vozes que me acompanham têm o seu lugar, o seu papel. Na sua esquizofrenia sincronizada formam o que sou, quem eu sou. Se uma se eleva mais alto, e esconde as outras, perde-se o equilíbrio alcançado anteriormente, aquele equilíbrio desequilibrado, instável. Será possível alguma vez atingir um equilíbrio eterno? Ou a sua beleza está precisamente na sua “inalcanssibilidade”? As vozes acompanham-me. Todas elas têm algo a dizer, algo a dizer… Algumas não querem ouvir as outras, algumas são tão inconspícuas que nem sei que existem. Quero conhecê-las. Faz-me espécie tê-las a indicar-me caminhos, a reagirem impulsivamente às situações sem que eu saiba quem são. Poderei conhecê-las a todas? Quererei mesmo? Parte de mim não quer… É difícil, tenho de me tornar vulnerável para isso e isso não agrada a uma parte muito forte em mim. Tento combatê-lo e não tento combatê-lo ao mesmo tempo. Dirijo-me para lá e fujo ao mesmo tempo. Estou cada vez mais consciente do que faço e quase alcanço melhor o porquê de o fazer… Mas como os grãos de areia, a sua plenitude escapa-me entre os dedos…Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-26402705077515814292009-10-11T19:46:00.001+01:002009-10-11T19:48:22.342+01:00Empire of the Sun - Real lyricsConhecem estas músicas? (Fantásticas by the way...)<br /><br />Aposto que não conhecem as verdadeiras letras delas! :P<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/nkCiiZHRG_E&hl=en&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/nkCiiZHRG_E&hl=en&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/L2m3r_yVbjU&hl=en&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/L2m3r_yVbjU&hl=en&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-31314692214530712962009-08-23T20:05:00.000+01:002009-08-23T20:08:48.536+01:00Björk - BacheloretteAdoro esta música :)<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/prt8x682JUQ&hl=en&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/prt8x682JUQ&hl=en&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />A qualidade do video não é a melhor, mas continua a ser espectacular! ;)Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-67859769859397342542009-08-22T14:49:00.000+01:002009-08-22T14:50:40.928+01:00PensamentoPorque é que nos irrita tanto que os outros “falhem”?<br /><br />Para quem dá bastante valor a determinadas coisas, à moral das coisas, ou ao “bem” se quisermos, é usual ficar irritado com certas atitudes praticadas por outros. Para uns é insuportável assistir a atitudes egoístas da parte de outros, para outros é a indiferença que dilacera, para outros é a idiotice gratuita, e por aí fora.<br />Na verdade, o que é mesmo que irrita em todas estas coisas? Se formos lógicos com a coisa, por que é que nos haveríamos de importar se A, B ou C é a pessoa mais estúpida e idiota do mundo? Claro que há ocasiões em que essa estupidez afecta outros, ou mesmo a nós próprios. Nesses casos, é mais compreensível que nos irrite a injustiça. Mas mesmo assim, porque é que nos há-de irritar essa injustiça? De uma maneira fria e racional, tudo isto nos poderia passar ao lado, tornado pouco importante. Mas falando por mim, há uma carga muito forte e profunda na minha “não aceitação” e “irritação extrema” com estas situações.<br />Nunca dediquei uma atenção profunda ao que poderia explicar esta minha profunda antipatia por estas atitudes. E quando digo estas, é porque de repente não me lembro de mais nenhumas, pois há inúmeras situações e atitudes que me causam tanta repulsa como estas que indico. E porquê, pergunto eu? Do pouco que já pensei sobre o assunto, penso que uma grande parte se poderá dever à noção de “desperdício humano”. Explicando a coisa: a evolução constante e melhoria contínua é algo bastante importante e enraizado em mim. Então, se há coisa que abomine, é ver que alguém, ou algo, está a desperdiçar completamente algum potencial que tenha (esse alguém até posso ser eu própria, como muitas vezes acontece). Isto irrita-me principalmente quando é notório que este desperdício e falta de perseverança e esforço se deve simplesmente ao facto de ser difícil fazê-lo. Claro que é difícil! Mas muitas vezes o melhor caminho (no meu entender) é exactamente o mais difícil!<br />Causa-me tanto desgosto pensar, seja em que escala for, no completo desperdício de tudo nestas situações… Podemos imaginá-lo tanto a uma escala pequena como enorme! (sendo que, como em tudo, a escala de cada um é diferente da do próximo) Podemos pensá-lo também desde a escala individual, se pensarmos no tanto que um indivíduo em particular poderia já ter alcançado (e isto vai desde as coisas mais “palpáveis”, como o sucesso de determinada pessoa em seja o que for, até às coisas mais difíceis de outros verem, como o são as coisas interiores, e nem por isso menos importantes) como a uma escala global, se pensarmos na raça humana como um todo. Imaginem só, a uma escala global, onde poderíamos estar agora! Tanto, tanto potencial desperdiçado… Pensem bem, não vos dá uma pena imensa?<br /><br /><br />P.S.- Tentando explicar um pouco algumas coisas que digo acima: No meu texto, percebo que a questão passa tanto pelo desperdício individual, como pelo global. Porque digo isto? Pois uma pessoa poderia só se preocupar com a sua própria evolução, o seu próprio caminho, mas para mim, uma preocupação a esse nível passa automaticamente (em alguma fase desse caminho) para uma fase de preocupação “global” também. Ou seja, como uma espécie de preocupação “organismal”, digamos assim… Algo “universal”, se quisermos. Fazemos todos parte desse “organismo global”, que somos todos, ou que “é” todos nós. Como podemos preocupar-nos connosco sem nos preocuparmos com o nosso “organismo”?Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-19074434583562437792009-02-12T09:01:00.002+00:002009-02-12T09:04:05.313+00:00Para ti, AdomnánPorque acho apropriado... Se sentires esta música mais ou menos como eu, penso que vais perceber porque a quero dedicar a ti :)<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_8ZPV4RzG4M&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/_8ZPV4RzG4M&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-39609938104635817642009-02-05T19:14:00.002+00:002009-02-05T19:26:07.151+00:00DistânciaHoje sinto a distância...<br />Hoje quero que venham aqui, que me leiam, e que me deixem algo de vós... Quero é muito forte, mas menos forte do que preciso... Talvez na verdade seja algo entre esses dois... Mas quem sou eu para saber? Parece sempre que as coisas mais importantes me escapam sempre. Por entre os dedos, como a imagem corriqueira da areia entre os dedos quentes da praia. Pelo menos o calor, digo eu, pelo menos o calor... Mas acho que o meu calor anda muito escondido por baixo do glaciar. O meu glaciar foi muito necessário, foi muito importante, e ainda é, por vezes, mas embacia facilmente, e deixo de conseguir ver tão bem o que está por baixo... São clichés, mas os cliqués são-no por alguma razão, e no fundo somos bastante parecidos com os outros em certas coisas, mesmo que não na embalagem. Pois, dizia eu, o calor, as pessoas... Pois, dizia eu... Digam-me algo sim? Parece que se passaram décadas, séculos, eons desde que senti algum de voces. Estão tão perto de mim, sempre junto ao calor que se esconde no glaciar, mas também quero ver-vos, tocar-vos, sentir-vos aqui. Pode ser? Eu sei que não tenho feito por isso, mas não é por não precisar... Não é...<br /><br />Há tanta coisa que se mete pelo meio... E por vezes há tanta coisa que NÃO se mete pelo meio... Às vezes tem o mesmo resultado. Mas não na minha mente. Na minha mente nunca há barreira nenhuma porque aí é sempre como é confortável para mim. Mas às vezes sinto falta do desconforto. Às vezes é preciso.Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-88347402055476061612008-11-14T12:35:00.004+00:002009-02-05T19:28:59.654+00:00Um DesafioEste desafio foi-me feito pelo Firefly (Blog Staré Mesto)<br /><br />Então, este desafio consiste em escolher uma foto individual; escolher uma banda ou artista; responder às perguntas do desafio com o músicas da banda/artista escolhidos e desafiar mais quatro pessoas.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNJwiZXHaZGRjLWKxhEkWi_0uRt9cr983BoHtt_ilY5oQ4L6FeiP1mmshILtq5LUk0s95w_vIt6sB3b3aBCMnLNxAeFB9vPAJ-S37d2sjUjO0_Zw75kOtT8ouX3q4_AO0wueIJ-JEAFWNu/s1600-h/P8240939.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNJwiZXHaZGRjLWKxhEkWi_0uRt9cr983BoHtt_ilY5oQ4L6FeiP1mmshILtq5LUk0s95w_vIt6sB3b3aBCMnLNxAeFB9vPAJ-S37d2sjUjO0_Zw75kOtT8ouX3q4_AO0wueIJ-JEAFWNu/s320/P8240939.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5268491656677995714" /></a><br /><br />Artista: Björk<br /><br />1. És homem ou mulher? "Isobel"<br /><br />2. Descreve-te: "Hidden Place"<br /><br />3. O que as pessoas acham de ti? "It's Oh So Quiet"<br /><br />4. Como descreves o teu último (antes do actual) relacionamento? "Possibly Maybe"<br /><br />5. Descreve o estado actual da tua relação amorosa: "Jóga"<br /><br />6. Onde querias estar agora? "Frosti"<br /><br />7. O que pensas a respeito do amor? "All Is Full Of Love"<br /><br />8. Como é a tua vida? "Wanderlust"<br /><br />9. O que pedirias se pudesses ter só um desejo? "Mouths Cradle"<br /><br />10. Escreve uma frase sábia: "It's Not Up To You"<br /><br />E passo o desafio aos seguintes blogues:<br /><br />http://cerebroinflamado.blogspot.com/<br />http://j-smile-y-s-boy.blogspot.com/<br />http://world-in-yin.blogspot.com/<br /><br />Era suposto enviar a 4 pessoas, mas não tenho mais ninguém a quem enviar... :PChuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-47170212467308671972008-10-06T18:04:00.001+01:002009-02-05T19:28:34.013+00:00Billie Holiday - Come rain or come shinePara ti... :)<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/1EBPtV449Uw&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/1EBPtV449Uw&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-30786453965578008742008-10-04T12:08:00.002+01:002009-02-05T19:29:09.481+00:00"NÃO VEJO NADA DE FRACTURANTE EM MIM"FERNANDA CÂNCIO<br /><br />Direitos dos homossexuais. Entre 1982, quando a homossexualidade deixou de ser crime, e 2008, quando pela primeira vez o Parlamento vai debater - e chumbar, por via dos votos contra de PS, PSD e PP - o casamento das pessoas do mesmo sexo, contam-se 14 anos de conquistas. Mas numa Europa onde leis favoráveis ao casamento e à adopção somam e seguem, Portugal ainda coloca os homossexuais no limbo. Como se a tabela de 1999 de inaptidões, que lhes chamava 'deficientes', vigorasse apesar de revogada. E como se este amor não devesse, como na expressão de Wilde, ousar dizer o seu nome<br /><br />E se os direitos de uns fossem os direitos de todos?<br /><br />"Custa-me tanto quando oiço as pessoas dizer que não é prioritário. A minha vida não é prioritária? Como é que não é prioritária? Isso é de um egoísmo... E há aquele argumento muito estúpido de o casamento entre pessoas do mesmo sexo ir contra "a família tradicional". Não sei bem o que é isso da "família tradicional", mas eu não vou contra ninguém." Casava, se pudesse? "Agora, neste momento, não - estou numa nova relação, é cedo para pensar nisso. Mas há uns anos pensei casar e quis ir a Londres - achava que era possível, em Londres, por acaso nem é. Mais que pensar em casar já, queria ter a possibilidade de o fazer - é como ter carro - se tenho o carro à porta, posso não ir a lado nenhum, mas se o tenho na oficina fico ansiosa: pode-me apetecer ir ver o mar às quatro da manhã. E depois, há a ideia de ganhar família: ganhar sogros, ganhar cunhados, ganhar sobrinhos. Tão bom."<br /><br />É uma mulher muito bonita. Alta, longo cabelo louro, olhos claros, esguia e sexy. As cabeças viram-se quando ela passa. Trabalha num meio, o da moda e da publicidade, no qual nunca teve de esconder que "gosta de mulheres". Na família, disse ao pai, há muitos anos, tinha ela 19 ou 20. "Ele quis-me levar ao médico. Não era ao psiquiatra ou ao psicólogo, era mesmo ao médico de clínica geral". Ri: talvez o tempo tenha transformado a história numa anedota. Com a mãe, com quem tem uma relação mais próxima que com o pai, nunca conseguiu falar do assunto. "Sinto que ela não quer ter essa conversa, respeito isso". A irmã sabe, "há muito tempo". "Apresento-lhe as minhas namoradas, de umas gosta, de outras não. Ao princípio dizia-me que era "uma fase". Agora já não diz."<br /><br />Os amigos e amigas também sabem. Quando era mais nova - vai fazer 40 - às vezes, num acontecimento social qualquer, dizia de chofre a alguém a quem a tinham acabado de apresentar. Uma espécie de acção directa, um convite a sarilhos. Ironia, porém, que a reacção mais brutal - descontando a do pai - tenha vindo de dentro do seu círculo de amigos. "Uma das minhas amigas, que perguntava sobre as minhas namoradas e nunca evidenciou qualquer problema com isso, apresentou-me uma amiga dela. Era uma amiga com um historial de estrita heterossexualidade - seja isso o que for -, mas houve uma história de amor. E ela, aquela que fora minha amiga, mudou completamente, foi agressiva, nojenta. Perguntava à amiga dela: "Agora és homossexual, é?". Chegou a dizer-lhe que para ir encontrar-se com ela tinha ido a casa pôr umas calças porque estava de mini saia. Faz silêncio, trava o cigarro, sorri. "São as pessoas mais próximas, as que deixamos entrar no nosso círculo mais íntimo, que têm esse poder de fazer sangue. Estão suficientemente perto para enterrar o punhal."<br /><br />Às outras coisas - aos gritos dos homens que passam junto a um carro onde estão duas mulheres ("f**** de m****, gandas f****, coisas assim, quando até estamos só a falar"), ao facto de sentir que não pode exteriorizar sinais de afecto, como dar a mão ou um beijo ("Saí no outro dia do emprego e vi um par de namorados aos beijos e fiquei embevecida: tão bonito. Porque é que não posso fazer aquilo? Andei de mão dada na rua em Espanha, onde se vêem mulheres de mão dada na rua. Em Paris andam de braço dado. Não posso, no meu país."), ao ouvir comentários e dichotes homofóbicos a torto e a direito quando as pessoas não sabem que ela é homossexual - cerra os dentes. Fazer o quê? "À agressividade normalmente tento não ligar, é como os gajos meterem-se connosco, uma senhora não tem ouvidos. Mas que dói, dói. Quando estás mais frágil podes chegar a casa a chorar. E incomodam-me muito os argumentos tipo e "e casar com cães?". Estamos a falar de pessoas, vão buscar animais para quê. Não concordo que as pessoas não tenham a noção de estar a magoar. Não lhes dou o benefício da dúvida - querem magoar. Mesmo".<br /><br />Outra mulher bonita e loura, esta com nome, Sara Martinho, 32 anos, consultora de recursos humanos, a viver há seis anos "com a Rita" diz do seu estupor ao ouvir os fóruns que nos últimos dias têm enchido as antenas com debates sobre o casamento do mesmo sexo. "Sinto uma grande revolta perante os insultos. Pergunto-me se as pessoas quando dizem aquelas barbaridades se dão conta de que estão a falar de outras pessoas. De pessoas com famílias. Tenho mãe e irmãos (o meu pai já morreu) e todos sabem e convivem bem com o saber. Nunca tive problemas com a minha família, tive muita sorte. Mas há pessoas que têm e a consagração do casamento em termos legais pode ter muito impacto a esse nível, o da dignificação das relações. Basicamente, o facto de o Estado recusar reconhecer que as nossas relações estão tão certas como todas as outras é uma humilhação, uma legitimação do insulto.Se não tens direitos iguais, é porque se considera que algo se passa contigo."<br /><br />A resistência, além do mais, intriga-a. "Atribuir-me direitos não prejudica ninguém, eu poder ou não casar não tira direitos a ninguém. Recordando as palavras do primei- ro-ministro espanhol, que eu amo, uma sociedade decente é aquela que não humilha os seus membros. E Portugal não é um país decente." Esperança? "Sei que é uma questão de tempo - a questão é quanto tempo. Um mês, cinco anos, 10 anos, 20 anos? É que um mês já faz diferença. E faz-me confusão que seja preciso debater, e que se diga que é preciso "mais debate" e "um consenso". Porque é claro que há pessoas racistas e homófobas, vão existir sempre. A lei serve para nos proteger delas, e não ao contrário."<br /><br />A possibilidade de um contrato igual de nome diferente é-lhe insuportável. "Não me contentaria com algo como sucedeu em Inglaterra, jamais. Continuarei a lutar pelo mesmo - quero uma figura legal igual, não quero nomes diferentes - para quê criar outro nome? Já se fez com isso para o casamento entre escravos, porque se considerava que eles eram inferiores.Tenho receio de que o PS, se ganhar as próximas legislativas - não acredito que tenha maioria - apresente essa proposta , a mesma que a direita defende. Tenho pânico disso, até porque se calhar muitos homossexuais se contentariam com a união civil registada."<br /><br />O escritor, crítico literário e blogger (www.daliteratura.blogspot.com) Eduardo Pitta, 59 anos, é um deles. Partilha há 36 anos a vida com um homem, facto que não só não esconde como documenta numa página pessoal a que se acede no seu blogue e onde há fotografias do par. "Apresento o Jorge em todo o lado, perguntam-me por exemplo quando vou a congressos qual o nome da minha senhora e eu digo: "É um senhor". Nunca tive reacções adversas nem vi grandes restrições, acho que devemos assumir as coisas e que a sociedade apesar de tudo é mais tolerante do que aquilo que os media fazem passar." Em vários textos do seu blogue, pugnou pela necessidade de pressionar os partidos no sentido de alargarem a lei das uniões de facto, incluindo os direitos de herança (que só existem por testamento e não permitem, como no casamento, que metade do património se transfira para o membro sobrevivo do casal)e de pensão (caso morra um membro do casal, é necessário fazer pedido da pensão no tribunal, não há concessão automática como para os viúvos), em vez de se batalhar pelo acesso ao casamento. Mas reconhece ter mudado de ideias. "A minha posição evoluiu desde os textos mais antigos, que estão publicados no livro Intriga em Família (Quasi Edições, 2007). Defendia a necessidade de união civil a sério, como existe em França e no Reino Unido, para hetero como homossexuais, porque há situações dramáticas de pessoas que vivem décadas juntas e quando uma delas morre a outra fica sem nada. Por esse motivo, não faria birra se existisse algo com os direitos do casamento sem o nome. Até porque, talvez porque sou filho de pais divorciados e o meu pai casou cinco vezes, sou menos sensível ao lado simbólico do casamento que ao das questões materiais."<br /><br />A alteração que referediz afinal respeito àquilo que não quer para ele mas considera dever existir para quem quiser. "Faço uma distinção entre dois planos, o da minha vida e opções e o da exigência política. O facto de para mim dispensar o simbolismo do casamento não significa que não defenda que quem quer casar-se possa fazê-lo. Acho que devemos ter as duas coisas para as pessoas poderem escolher. Apoio essa luta e estou à espera de que o PS ganhe as próximas eleições e proponha isso. Se ganhando as próximas eleições não propõe ficarei profundamente desiludido."<br /><br />Um histórico da luta pelos direitos LGBT, do tempo em que a sigla, que corresponde a "lésbicas, gays, bissexuais e transgénero" ainda não existia, António Serzedelo, 63 anos, presidente da Opus gay e um dos autores do primeiro manifesto homossexual em Portugal (Maio de 1974), concorda com Pitta. "O Estado tem de dar às pessoas uma panóplia de opções, sem as empurrar para o casamento. Mas defendo na mesma o casamento, e ainda que haja casamento deve-se alargar a união de facto." Como Eduardo Pitta, dá o benefício da dúvida ao PS, apesar do resultado anunciado da votação de dia 10, em que a bancada socialista vai votar contra, e de deplorar a imposição da disciplina de voto, elogiando "a coragem das Jotas [refere-se às organizações de jovens socialistas e sociais democratas, que declararam o apoio ao casamento das pessoas do mesmo sexo]. "O PS fez algumas coisas pela comunidade gay. Lá fora as coisas também não foram assim tão depressa, e penso que sociologicamente ainda não temos 51% da população a nosso favor. Se calhar temos de convencer mais uns, embora o nosso direito seja indiscutível. Há quem diga que tenho uma posição conservadora - mas acho que sou realista."<br /><br />Pode até ser, mas o argumento não convence a loura anónima do início deste texto. "Sinto-me defraudada por ter votado neste governo. Não volto a votar PS. Pelo menos a Manuela Ferreira Leite foi honesta, disse o que pensava. O PS enganou-me. Não se admite uma atitude destas num governo de centro-esquerda, que se intitula de "esquerda moderna". Moderna?!" Mas a fúria não lhe rouba o humor: "E se não querem ir a reboque, vão de TGV".<br /><br />Menos agressiva mas igualmente firme é Eduarda Ferreira, 46 anos, psicóloga e membro da direcção do Clube safo, a principal associação de lésbicas. "A disciplina de voto é pouco democrática, mas se calhar sem isso ia haver mais "nins" que "sins". E tenho grandes dúvidas quanto ao que o PS vai fazer em 2009. Uma coisa igual com nome diferente está para mim fora de questão, porque é o princípio de igualdade que está em causa, não há razão para a desigualdade de estatuto."<br /><br />Para Eduarda, que diz nunca ter ter sido alvo de reacções "muito negativas", Portugal é um país de discriminação soft, em que se admite a homossexualidade desde que "nem muito visível nem nomeada. Mesmo em família, há a tendência para falar do "amigo" do filho e da "amiga da tia". Quando se fala disso as pessoas de um modo geral não reagem muito mal mas a partir daí aquilo passa a caracterizar a pessoa, ganha uma dimensão desproporcionada. O que é muito desagradável."<br /><br />Muito mesmo, até porque, como constata a anónima loura- et pour cause -, "Já fui várias vezes olhar para o espelho e não vejo nada de fracturante na minha imagem. Nada."Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-6663271533239610342008-08-19T00:02:00.000+01:002008-08-19T00:03:46.826+01:00Yui - Life<object width="400" height="345"><param name="movie" value="http://media.imeem.com/v/NReKE22UBx/aus=false/pv=2"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://media.imeem.com/v/NReKE22UBx/aus=false/pv=2" type="application/x-shockwave-flash" width="400" height="345" allowFullScreen="true"></embed><a href="http://www.imeem.com/shujisama89/video/5pEJZiCQ/sony_records_yui_life_music_video/">YUI - life - Sony Records</a></object><br /><br />In the familiar, dirty city<br />We walked with our heads down,<br />unable to laugh in the same way<br />People hurry past<br />"Has your dream come true?"<br />I'm still struggling<br /><br />I'd rather try living well now than go back to when<br />I was a kid<br />Cowardice is being born<br /><br />I went out to a place where the sun shone<br />and held out my arms<br />And thought<br />Could I cross the sky?<br />I still can't see any wings to fly with<br />It's because it's not simple<br />that I can go on living<br /><br />Just picking up a wet puppy<br />Made tears overflow<br />in a way that was funny<br /><br />I want to be loved, I just want to be loved<br />I said,<br />but you can't just long for something<br /><br />When I was a kid there were days<br />when I hurt my mother terribly<br />I want to<br />change everything now<br /><br />I went out to a place where the sun shone and<br />gripped tightly with my hands<br />I can smash that place, that time,<br />and change my life<br /><br />But there's no way I can tell you<br />everything that's in my heart<br />It's because it's not simple<br />that I can go on living<br /><br />I go out to a place where the sun shines<br />and open up a map, but<br />I know... you know...<br />You can't help getting lost<br />I can change my life<br /><br />All the days that have passed<br />have made me who I am now<br />It's because it's not simple that<br />I can go on livingChuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-48562561049552981482008-08-18T22:31:00.003+01:002008-08-18T22:39:52.931+01:00Outro ladoAlguma vez se sentiram suspensos num momento? Como se estivessem a meio de um passo e de repente, subitamente, parece que estamos envolvidos por uma espécie de gelatina, um plasma que amortece todos os nossos movimentos... O pé continua a flutuar no ar, preso a meio do seu movimento...<br />É um pouco também como quando estamos a meio de fazer algo e de repente nos esquecemos do que era... É uma sensação familiar mas de certa maneira "desfamiliar", se é que isso existe... Parece que há uma parte de mim que adormece, e outra que acorda ao mesmo tempo... É esquisito, sinto um entusiasmo vibrante e uma latência ao mesmo tempo, em locais diferentes de mim... Como se estivesse a saborear o mesmo copo de água, mas desta vez por uma boca diferente... É como se uma energia tivesse acordado de novo em mim, uma energia que estava num qualquer reservatório. Sinto-a pulsar em mim, forte, enérgica, disléxica para este Mundo, troca-me as palavras...Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-82835243215084874862008-08-15T23:45:00.002+01:002009-02-05T19:29:34.640+00:00Poets of the Fall - SleepConheci Poets of the Fall através de uma amiga, mas só comecei a ouvir verdadeiramente há pouco tempo. Deixo aqui uma música muito bonita deles, de que gosto muito. Dedico-a à pessoa que me chamou a atenção para ela :) Eu sei que é uma das tuas preferidas :*<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/5WCgX4VQp2o&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/5WCgX4VQp2o&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-86741568257021238892008-08-15T23:22:00.002+01:002009-02-05T19:29:59.572+00:00Björk - Pagan Poetry LiveHá tanto tempo que não ouvia Björk... Acho que é por fases. Leva-me a um lugar qualquer... Uma sensação... Tenho estado um pouco estranha, hj e ontem... Sem razão nenhuma. E é uma sensação já "desfamiliar" há muito tempo... De qualquer maneira há qualquer coisa que ressoa com esta música...<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/LUNDkiRkrtk&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/LUNDkiRkrtk&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4012170397285897687.post-47728464127338180482008-07-19T12:52:00.005+01:002008-09-30T12:00:31.186+01:00Exposição Leonardo da VinciComo voces sabem, estive durante cerca de 2 meses e meio a trabalhar como monitora numa exposição que passou recentemente por Lisboa - a exposição Leonardo da Vinci, o Génio.<br />A verdade é que esta exposição é desconhecida para muita gente, talvez pelo mau trabalho da empresa que esteve encarregue da sua divulgação, montagem e preparação. Em relação a esta empresa, a Grafinvest, tenho a dizer que foi a pior empresa para a qual já trabalhei. Para além do seu mau trabalho a nível da divulgação da exposição, outras coisas correram mal.<br />Quando ouvi falar da exposição, e surgiu a oportunidade de ir trabalhar lá, fiquei bastante contente e entusiasmada. Apesar de ter seguido a área científica, também a arte me atrai, e portanto trabalhar numa exposição sobre um verdadeiro génio em ambas estas vertentes, ter a possibilidade de vir a conhecer mais sobre ele, e também a dar a conhecer às outras pessoas a sua vida e a sua obra, pareceu-me a mim uma experiência bastante entusiasmante e fascinante. Estava bastante ansiosa e contente por ter sido escolhida para trabalhar lá. Rapidamente o caso mudou de figura... Com o passar do tempo fui perdendo completamente o interesse, e se não fora pelo excelente companheirismo dos meus colegas, agora amigos, que lá fiz, provavelmente não teria durado tanto tempo lá. Era notória a dedicação da maioria deles (com umas pequenas excepções) à exposição e às pessoas que a visitavam. O seu maior objectivo era, verdadeiramente, fazer com que a visita à exposição fosse uma óptima experiência para todos quantos a visitássem. Pena foi que esse não fosse claramente o objectivo da Grafinvest... Ao longo do tempo que lá passei, a minha idílica ideia inicial, de que o objectivo da exposição era, principalmente, propiciar uma visita cultural, divertida e entusiasmante aos seus visitantes, rapidamente foi substituída pela realidade: que o grande objectivo, senão o único, era fazer rios de dinheiro, sem no entanto terem que se preocupar muito em fazer com que fosse a melhor experiência para os visitantes. Várias coisas me levam a dizer isto, a pouca dedicação à divulgação (pelo menos um dos promotores/patrocinadores teria sido extremamente importante neste papel, e faria concerteza com que o número de visitantes aumentasse exponencialmente, bem como a própria câmara, se a pouca publicidade que surgiu tivesse surgido mais cedo, mas acho que a Grafinvest não se preocupou verdadeiramente com isto...), a pouca dedicação à exposição, e a pouca "dedicação" aos seus monitores...<br />Da primeira não vale a pena falar mais. Deve-se unicamente à sua incompetência. A segunda e a terceira já são, a meus olhos, mais preocupantes. Para mim, uma empresa que simplesmente não se importa com os seus clientes, com a sua satisfação com o seu serviço, é simplesmente idiota e rapidamente cria um mau nome... Era notória esta indiferença... Duas das placas identificadoras de dois dos quadros estiveram trocadas durante semanas (mesmo depois de um dos monitores avisar do facto) e quando as máquinas se estragavam a solução, supostamente temporária, mas neste caso definitiva, era colar uma das etiquetas que pediam para não mexer, ao invés de chamar alguém para a consertar... De facto, um destes casos, francamente notóri para quem olhasse com atenção, manteve-se assom durante metade da exposição... Serão isto formas de demonstrar o seu interesse pelas pessoas? Não me parece... Haverá concerteza outros (muitos) indícios, mas a memória falha-me. As próprias atitudes da pessoa que representava a Grafinvest na exposição demonstraram o que digo: só o dinheiro interessava. Em relação ao respeito demosntrado pela empresa pelos seus monitores, este foi simplesmente inexistente. Tratados como se fossemos imbecis e, sem nenhuma excepção durante oo meses que lá trabalhámos, recebemos os pagamentos mensais sempre atrasados, de alguns dias a semanas, sendo que (caso mais revelador da completa falta de respeito pelos trabalhadores) as pessoas que continuaram lá até ao final da exposição (que não foi o meu caso) ainda não receberam o pagamento do último mês! Pior! Foi-lhes assegurado que, uma vez que a exposição terminou a 22 de Junho, iriam receber antes desse mês terminar, que tinha de ser assim porque a empresa tinha de fechar as contas do mês e blábláblá uma patranha qualquer... Estamos a mais de meio de Julho, e ainda não receberam... Passado quase um mês desde o final da exposição... Nem tenho palavras...<br /><br />P.S.- Soube hoje que as pessoas que trabalharam na exposição durante o mês de Junho ainda não receberam. Estamos a 1 de Agosto...<br /><br />P.S.2- 30 de Setembro, ainda sem receber...Chuva de Verãohttp://www.blogger.com/profile/15323896764376022237noreply@blogger.com12