Foi hoje o dia...
A vítima, prostrada, aguardava com paciência inusitada o golpe final. O golpe final que libertaria o seu escalpe do crânio. A sua pele resistia à sua libertação forçada, numa súplica cheia de desespero. Os folículos agarravam-se à cabeça, ao cérebro, que por baixo da carne se encolhia, tremendo, cansado, ferido, só... Ele próprio não sabia o que lhe acontecia, embora tivesse decidido a sua sorte. Desfalecia sob os golpes vigorosos, como já o fazia há muito...
Qual era a tua Fé, pobre monte de neurónios, quando te decidias pelo caminho mais fácil?
Onde estava a tua Força, quando te subjugavas à tua própria mão?
O sangue jorrou pela última vez naquele quarto trancado, do qual só tu tens a chave...
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Escalpe
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